Resquícios de um corpo-flor
Instalação
Exposição coletiva DAvisuais , Galeria de Arte e Pesquisa (GAP) / UFES
Vitória, 2017




Eu tenho um corpo de um futuro utópico, e de um passado ainda intacto. Um corpo onde as temporalidade misturam-se, se diluem e materializam-se em outra concepção de presente. Meu corpo é contemporâneo, pós e pré. Eu sou uma espécie extinta, em desenvolvimento.

Habito uma raça que nunca existiu. Transito em gêneros que já foram superados. Minha pele é preta e fértil. Nela brotam

flores nunca catalogadas. Todos os meus órgãos provocam-se orgasmos. Pratico comportamentos contrassexuais.

Eu tenho um corpo impossível. Um corpo selvagem, feito de sangue, néctar e pólen. Um corpo civilizado, consequência de falhas tentativas de melhoramento genético. Um corpo singular, que foge da máquina que produz subjetividades panópticas, mas que volta para habitar fissuras que ele mesmo abre nessas realidades imperfeitas.


Castiel Vitorino Brasileiro
Resquícios de um corpo-flor
Instalação
Próteses feitas com algodão cru, plantas naturais, e silicone tingido. Potes de vidro, varal de metal, pregadores de madeira para roupas
Vitória
2017



Curadoria Yiftah Peled
Produção e Montagem Castiel Vitorino Brasileiro